Preguiça

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

As desculpas que crio para não praticar (principalmente Zazen) são inúmeras. A minha criativade para encontrar justificativas para não praticar é digna de investigação. Algumas de minhas desculpas, historicamente recorrentes: "Está muito frio; está muito quente; é muito tarde; é muito cedo; estou com muita fome; estou muito satisfeito." Também: "Estou doente, estou cansado; depois eu pratico; já pratiquei antes; praticar nem é tão importante assim; agora tenho que assistir televisão; agora tenho que fazer outra coisa; agora tenho que descansar."

A raiz de todas essas desculpa é uma só: minha própria preguiça. Não é a toa que a preguiça é considerada um dos principais obtáculos para a prática.

Como as justificativas para não praticar são variadas e criativas, a única alternativa é praticar não importa o que aconteça ou quais forem as circunstâncias. Se estiver um calor insuportável eu tenho que pensar: "está um calor insuportável, que momento ótimo praticar!". Ou melhor ainda, nem penso em nada e apenas pratico. Se estiver um frio insuportável eu tenho que pensar: "está um frio insuportável, que momento ótimo praticar!". Ou melhor ainda, nem penso em nada e apenas pratico. A prática contínua alimenta a disciplina e a disciplina alimenta a prática contínua.

Disse o Buddha:
"Quem diz está muito quente, muito frio, muito tarde,
e deixa as coisas por fazer,
as oportunidades para fazer o bem
passam desapercebidas por tais homens.

Porém aquele que vê no frio ou no calor
menos que um pedaço de capim,
e que faz o que deve ser feito,
não irá perder a felicidade."

0 comentários: