Tudo é ilusão; tudo é passageiro

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eclesiastes 1 (Tudo é ilusão)

(1) O autor deste livro é Salomão, rei em Jerusalém, filho do rei David, conhecido como o pregador.

(2) Na minha opinião tudo é ilusão; tudo é passageiro.

(3) O que é que uma pessoa ganha com todo o duro trabalho que tem?

(4) As gerações vão passando, umas após outras, sem que haja alteração nisso.

(5) O Sol nasce, e põe-se, mas volta sempre ao lugar onde nasceu;

(6) o vento sopra ora do sul, ora do norte, duma banda doutra, circulando na atmosfera, mas para não chegar a sítio nenhum.

(7) Os rios correm para o mar, mas este nunca chega a ficar cheio, e essa água por fim retorna aos rios, para correr novamente para o mar.

[...]

(12-13) Eu, o pregador, fui rei de Israel, vivendo em Jerusalém; e apliquei-me a procurar entender tudo no universo.

(14) Descobri então que a sorte do ser humano, que Deus lhe destinou, não é nada boa. É tudo loucura, é tudo andar a correr atrás do vento.

(15) O que está mal não pode ser corrigido; e também não vale a pena reflectir sobre como as coisas poderiam ter sido doutra forma.

(16) Disse assim para comigo: Afinal, sou mais instruído do que qualquer dos reis que me precederam em Jerusalém. Tenho uma melhor bagagem de sabedoria e de conhecimentos.

(17) É porque me esforcei grandemente por ser sábio, e não ignorante; no entanto dou-me conta agora de que até isto foi também como correr atrás de nada.

(18) Porque quanto maior era a minha sabedoria, maiores eram as minhas preocupações; aumentar os conhecimentos apenas traz consigo aumento de aflições.

[...]

Eclesiastes 3 (Tudo tem um tempo próprio)

(1) Existe um tempo próprio para tudo, e há uma época para cada coisa debaixo do céu:

(2) um tempo para nascer e um tempo para morrer; um tempo para plantar e um tempo para colher o que se semeou;

(3) um tempo para matar, um tempo para curar as feridas; um tempo para destruir e outro para reconstruir;

(4) um tempo para chorar e um tempo para rir; um tempo para se lamentar e outro para dançar de alegria;

(5) um tempo para espalhar pedras, um tempo para as juntar; um tempo para abraçar, um tempo para afastar quem se chega a nós;

(6) um tempo para andar à procura e outro para perder; um tempo para armazenar e um para distribuir;

(7) um tempo para rasgar e outro para coser; um tempo para estar calado e outro tempo para falar;

(8) um tempo para amar, um tempo para odiar; um tempo para a guerra, e um tempo para a paz.

(9) O que é que uma pessoa realmente obtém com o seu esforço?

[...]

(19) Pois tanto estes como aqueles, ambos respiram o mesmo ar, ambos morrem. É assim que a humanidade não tem vantagens reais sobre os animais. Eis outra coisa absurda!

(20) Tudo vai ter ao mesmo lugar - todos são pó e ao pó voltarão.

(21) Quem pode provar que o fôlego do homem vai para cima e o dos animais fica no pó da terra?

(22) É dessa forma que eu constatei que não há nada melhor para o homem do que ser feliz no seu trabalho; é esse o seu quinhão na terra; ninguém o fará voltar à vida para ver o que acontecerá depois dele; por isso, que disfrute do presente!

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