(De)Hierarquização das Coisas

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Não faz sentido dizer que uma coisa é melhor que outra. Não faz sentido eu dizer que uma grande árvore é melhor do que uma simples violeta. Cada uma tem a sua característica própria, bem diferente, porém nem inferior nem superior.

Eu posso até achar um árvore frutífera cheia de folhas mais bonita que um cacto. Porém isso é só minha opinião. A árvore e o cacto são o que são. Cada um tem sua função e características próprias. A natureza própria de um cacto é ser um cacto, e não uma outra coisa que alguém possa querer.

Não há como dizer que um ovo é melhor ou mais importante que uma galinha, ou vice-e-versa. Cada um tem seu espaço e importância. Cada um tem o seu papel específico, cada um a seu tempo e de seu jeito, tendo sido originado com causas e condições específicas.

Mesmo duas coisas, aparentemente de mesma categoria, não merecem ser comparadas. Eu poderia comparar dois pares de sapatos, um par novo e um par velho, e achar o par novo melhor. Porém isso seria uma absoluta bobagem. O par novo de hoje será o par velho de amanhã. E o par velho é velho pois me serviu por muito tempo. Por que ele seria pior?

Todas as coisas tem seu devido lugar e importância. Nada é mais ou menos que a outra. Essas comparações são meramente opiniões e comparações arbitrárias, inventadas pelo meu ego. De fato até a divisão das coisas é arbitrária, gerando essas comparações artificiais. No fundo todas as coisas parecem ser igualmente importantes, por serem interdependentes, mas também diferentemente importantes, no sentido de serem incomparáveis em suas diferentes funções e causas e condições específicas.

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