"Quando uma pessoa se levanta, fica de pé, caminha, faz algo, pára, ela deve constantemente concentrar a mente no próprio ato, não na sua relação com o ato, nem na sua natureza ou valor. Deve-se ter em mente [não-verbalmente]: há caminhar, há parar, há realizar; e não: eu estou caminhando, eu estou fazendo isso, é uma coisa boa, é uma coisa ruim, eu estou ganhando mérito, sou eu que estou percebendo quão maravilhoso isso é. Então surgem pensamentos agradáveis, sentimentos de elação ou de fracasso ou de infelicidade. Ao invés de tudo isso, deve-se simplesmente praticar a concentração da mente no próprio ato, entendê-lo como um meio hábil para o despertar da tranqüilidade da mente, realização, insight e Sabedoria; devendo-se seguir a prática da fé, diligência e contentamento. Após um longo período de prática, a amarração a velhos hábitos se enfraquece e desaparece, e no seu lugar aparecem confiança, satisfação, atenção plena e tranqüilidade."
Ashvaghosha - O Despertar da Fé Mahayana (in: The Perennial Philosophy, por Aldous Huxley)
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